Ciências da Comunicação
A comunicação é a actividade humana constitutiva da sua relação com o mundo. É um ramo de conhecimento académico que estuda os processos de comunicação humana. Apesar de podermos encontrar estudos sobre a comunicação no período clássico (por exemplo, sobre a retórica na Grécia Antiga), como disciplina, só emerge em meados do século XX com os estudos de Lasswell, Lazarsfeld, McLuhan entre outros.
As ciências da comunicação têm por objecto o estudo da comunicação, mas não existe uma ciência da comunicação, pois a comunicação é um objecto de conhecimento interdisciplinar.
Em termos académicos, o campo das Ciências da Comunicação apresenta três sub campos principais: (1) o da Sociologia da Comunicação (dominante); (2) o das Humanidades; e (3) o da Tecnologia.
O foco da Sociologia da Comunicação são os processos sociais que determinam e limitam os fenómenos comunicativos, em termos de usos e gratificações, influências e efeitos da mediação social da cultura de massas; enquanto as Humanidades se detém nos processos linguísticos e interpretativos, a criatividade, a diversidade, a originalidade e a qualidade (Livingstone, Couvering, & Thumin, 2008), envolvendo quatro áreas fundamentais: a hermenêutica, a retórica, a fenomenologia e a semiótica (Jensen, 2003). Finalmente, o sub campo da tecnologia incide sobre o funcionamento e as possibilidades dos meios e suportes que permitem ou dificultam os processos comunicativos. Neste âmbito, são percursores os estudos da escola cibernética e da escola canadiana (determinismo tecnológico).
As ciências da comunicação têm por objecto o estudo da comunicação, mas não existe uma ciência da comunicação, pois a comunicação é um objecto de conhecimento interdisciplinar.
Em termos académicos, o campo das Ciências da Comunicação apresenta três sub campos principais: (1) o da Sociologia da Comunicação (dominante); (2) o das Humanidades; e (3) o da Tecnologia.
O foco da Sociologia da Comunicação são os processos sociais que determinam e limitam os fenómenos comunicativos, em termos de usos e gratificações, influências e efeitos da mediação social da cultura de massas; enquanto as Humanidades se detém nos processos linguísticos e interpretativos, a criatividade, a diversidade, a originalidade e a qualidade (Livingstone, Couvering, & Thumin, 2008), envolvendo quatro áreas fundamentais: a hermenêutica, a retórica, a fenomenologia e a semiótica (Jensen, 2003). Finalmente, o sub campo da tecnologia incide sobre o funcionamento e as possibilidades dos meios e suportes que permitem ou dificultam os processos comunicativos. Neste âmbito, são percursores os estudos da escola cibernética e da escola canadiana (determinismo tecnológico).
Comunicação Estratégica
A comunicação estratégica resulta da evolução das tecnologias da informação e da comunicação e da sua omnipresença e importância nas sociedades contemporâneas. A comunicação estratégica afirma-se no seio das Ciências da Comunicação - no século XXI e particularmente desde 2005 - e pode ser definida como a comunicação desenvolvida pelas organizações de forma intencional e planeada, visando a realização da sua missão, a concretização dos seus objectivos atendendo à sua visão e valores.
Assim sendo, a comunicação estratégica decorre da visão da liderança, incorpora a cultura da organização e está alinhada ao seu planeamento estratégico.
A comunicação estratégica não pode ser reduzida a uma técnica (comunicação interna, comunicação técnica, comunicação digital, comunicação de marketing, comunicação com investidores, publicidade, entre outras), uma vez que resulta da integração de todo o tipo de comunicação realizada pela organização para assegurar o seu funcionamento e sucesso. Não é o planeamento que torna uma técnica de comunicação "estratégica", uma vez que o planeamento da técnica visa a sua operacionalização de forma eficaz, de preferência de forma "alinhada" ou integrada com as restantes acções de comunicação. O uso de várias técnicas de comunicação por uma organização só será estratégico quando tiver subjacente os princípios fundamentais e estruturantes da mesma.
O enquadramento teórico da comunicação estratégica é inspirado nas teorias e modelos das relações públicas, pois inclui a necessidade de envolvimento, duração, compromisso das relações estabelecidas entre a organização e os seus públicos estratégicos (ou stakeholders, no caso das empresas). Não obstante, já existem estudos que enquadram a comunicação estratégica como um campo teórico. A sistematização das abordagens pode ser encontrado em The Routledge Handbook of Strategic Communication (2015) e na revista académica International Journal of Strategic Communication.
Assim sendo, a comunicação estratégica decorre da visão da liderança, incorpora a cultura da organização e está alinhada ao seu planeamento estratégico.
A comunicação estratégica não pode ser reduzida a uma técnica (comunicação interna, comunicação técnica, comunicação digital, comunicação de marketing, comunicação com investidores, publicidade, entre outras), uma vez que resulta da integração de todo o tipo de comunicação realizada pela organização para assegurar o seu funcionamento e sucesso. Não é o planeamento que torna uma técnica de comunicação "estratégica", uma vez que o planeamento da técnica visa a sua operacionalização de forma eficaz, de preferência de forma "alinhada" ou integrada com as restantes acções de comunicação. O uso de várias técnicas de comunicação por uma organização só será estratégico quando tiver subjacente os princípios fundamentais e estruturantes da mesma.
O enquadramento teórico da comunicação estratégica é inspirado nas teorias e modelos das relações públicas, pois inclui a necessidade de envolvimento, duração, compromisso das relações estabelecidas entre a organização e os seus públicos estratégicos (ou stakeholders, no caso das empresas). Não obstante, já existem estudos que enquadram a comunicação estratégica como um campo teórico. A sistematização das abordagens pode ser encontrado em The Routledge Handbook of Strategic Communication (2015) e na revista académica International Journal of Strategic Communication.
Recomenda-se a leitura dos seguintes artigos sobre o assunto:
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