Procedimento de Investigação
Figura 1 - Representação Gráfica
Fonte: Quivy, R. & Campenhoudt, L. v. (2008). Manual de investigação em ciências sociais. 5ª edição, Lisboa: Gradiva.
1.Escolha do Tema Genérico
Todo o trabalho de investigação se insere num continuum, podendo ser situado em correntes de pensamento que o influenciam.
A investigação social procura compreender melhor o significado de uma conduta ou acontecimento, recolhendo contribuições de trabalho precedentes, analisar o funcionamento da estrutura social e as condicionantes que limitam e enquadram os indivíduos em determinada sociedade.
2.Definição dos objectivos do Estudo: Gerais e Particulares e Formulação da Pergunta de Partida
Pergunta de partida tem uma intenção compreensiva ou explicativa, permitindo ao investigador evidenciar processos sociais, económicos, políticos ou culturais de forma a compreender os fenómenos e os acontecimentos observáveis, assim como, interpretá-los mais acertadamente. Para isso, deverão ser observadas as qualidades de clareza, exequibilidade e pertinência, ou seja, a pergunta deverá ser precisa, concisa e unívoca; realista; contribuir para a evolução da investigação científica e ter uma intenção compreensiva ou explicativa
3.Exploração
A . Leitura: escolha e organização das leituras
Revisão de Literatura
Todo o trabalho de investigação se insere num continuum, podendo ser situado em correntes de pensamento que o influenciam.
A investigação social procura compreender melhor o significado de uma conduta ou acontecimento, recolhendo contribuições de trabalho precedentes, analisar o funcionamento da estrutura social e as condicionantes que limitam e enquadram os indivíduos em determinada sociedade.
2.Definição dos objectivos do Estudo: Gerais e Particulares e Formulação da Pergunta de Partida
Pergunta de partida tem uma intenção compreensiva ou explicativa, permitindo ao investigador evidenciar processos sociais, económicos, políticos ou culturais de forma a compreender os fenómenos e os acontecimentos observáveis, assim como, interpretá-los mais acertadamente. Para isso, deverão ser observadas as qualidades de clareza, exequibilidade e pertinência, ou seja, a pergunta deverá ser precisa, concisa e unívoca; realista; contribuir para a evolução da investigação científica e ter uma intenção compreensiva ou explicativa
3.Exploração
A . Leitura: escolha e organização das leituras
- Selecção de obras fundamentais sobre o tema com a ajuda do orientador e outros investigadores;
- Pesquisa do aluno em bibliotecas (o trabalho deve ser desenvolvido pelo aluno, a selecção de bibliografia é um dos elementos de avaliação);
- Consulta de bibliografias de artigos e livros consultados, por exemplo;
- Devem ser evitadas leituras de wikipédias, weblogs e outras fontes digitais de credibilidade duvidosa;
- Selecção de capítulos fundamentais, leitura de sínteses genéricas para se ficar com uma ideia genérica sobre as implicações do tema.
Revisão de Literatura
(…)
Listar todo o tipo de trabalhos (livros, artigos, dissertações e teses) sobre o tema em estudo. Se não existir nenhuma publicação sobre o nosso tema, é necessário listar trabalhos que abordem conceitos do nosso trabalho. Por exemplo, se estamos a desenvolver um artigo sobre a importância do associativismo profissional em comunicação estratégica em Portugal, poderemos não encontrar nenhum trabalho que o aborde, mas encontraremos sobre a importância do associativismo (para outras profissões) ou sobre a comunicação estratégica, em Portugal.
Dependendo do tema, poderá ser necessária uma pesquisa internacional. Por exemplo, podemos querer desenvolver um estudo aplicado a outro país, fazendo a sua adaptação a Portugal.
Depois desta listagem e sua apresentação é fundamental elaborar um texto de tomada de posição indicando o contributo do tema em desenvolvimento. Este contributo está relacionado com a coluna “o que faltou”.
No trabalho devem apresentar os dados da tabela em texto corrido, podendo colocar a mesma em apêndice caso seja longa e significativa. Contudo, e atendendo a que se devem desenvolver trabalhos inovadores, caso a vossa tabela “comece a crescer” o melhor será repensarem o tema que querem desenvolver.
B. Entrevistas exploratórias: justificam-se apenas quando o tema não tem produção científica.
1.Selecção de entrevistados (informadores qualificados)
2.Definição das perguntas
Atitude a adoptar ao longo de uma entrevista exploratória:
* o envio de questões por e-mail não é uma entrevista, uma vez que não permite a adequação das questões ao desenrolar da conversa. Apenas permite a recolha mediada de informação tendo em conta um guião estruturado.
5. Problemática
A problemática é a abordagem ou perspectiva teórica que o investigador decide adoptar para tratar o problema definido na pergunta de partida.
A problemática tem 3 momentos:
Abordagem positivista: fenómenos sociais são estudados como os fenómenos naturais, procurando as suas causas em factos materiais anteriores, constantes e exteriores ao fenómeno a estudar.
Abordagem compreensiva: fenómenos sociais como produto da acção humana, procurando o sentido dessa acção para os actores sociais.
Método Hipotético-indutivo
A construção parte da observação.
O indicador é de natureza empírica
A partir dele, constroem-se novos conceitos, novas hipóteses e, assim, o modelo que se submeterá ao teste dos factos.
(Raro na realização de trabalhos em Ciências da Comunicação, no I e II ciclo)
Método Hipotético-dedutivo
A construção parte de um postulado ou conceito totalizante tido como modelo de interpretação do fenómeno estudado.
Este modelo gera, através de um simples trabalho lógico, hipóteses, conceitos e indicadores para os quais se terão de procurar correspondentes no real.
(o mais comum)
Hipótese (proposição que prevê uma relação entre 2 termos que podem ser conceitos ou fenómenos):
Critério de refutabilidade:
5.Observação / Recolha Empírica
6.Resultados
Nem sempre as nossas intuições sobre um facto estão correctas, por isso se faz investigação. O valor dos dados está no que eles dizem e não no que queremos que eles digam.
Caso o nosso corpus não nos permita tirar conclusões é melhor alterar o mesmo, até obtermos informação significativa.
7.Conclusões
São baseadas nos dados que obtemos contudo a análise e interpretação dos resultados com base na actualidade e na cultura geral são valorizados.
Nas conclusões devemos incluir informação sobre:
Listar todo o tipo de trabalhos (livros, artigos, dissertações e teses) sobre o tema em estudo. Se não existir nenhuma publicação sobre o nosso tema, é necessário listar trabalhos que abordem conceitos do nosso trabalho. Por exemplo, se estamos a desenvolver um artigo sobre a importância do associativismo profissional em comunicação estratégica em Portugal, poderemos não encontrar nenhum trabalho que o aborde, mas encontraremos sobre a importância do associativismo (para outras profissões) ou sobre a comunicação estratégica, em Portugal.
Dependendo do tema, poderá ser necessária uma pesquisa internacional. Por exemplo, podemos querer desenvolver um estudo aplicado a outro país, fazendo a sua adaptação a Portugal.
Depois desta listagem e sua apresentação é fundamental elaborar um texto de tomada de posição indicando o contributo do tema em desenvolvimento. Este contributo está relacionado com a coluna “o que faltou”.
No trabalho devem apresentar os dados da tabela em texto corrido, podendo colocar a mesma em apêndice caso seja longa e significativa. Contudo, e atendendo a que se devem desenvolver trabalhos inovadores, caso a vossa tabela “comece a crescer” o melhor será repensarem o tema que querem desenvolver.
B. Entrevistas exploratórias: justificam-se apenas quando o tema não tem produção científica.
1.Selecção de entrevistados (informadores qualificados)
2.Definição das perguntas
Atitude a adoptar ao longo de uma entrevista exploratória:
- Mínimo de perguntas possível
- Intervir de forma mais aberta possível
- Abster-se de se implicar pessoalmente no conteúdo
- Procurar que a entrevista decorra num ambiente e contextos adequados
- Gravar as entrevistas (atenção ao som e ao gravador)
* o envio de questões por e-mail não é uma entrevista, uma vez que não permite a adequação das questões ao desenrolar da conversa. Apenas permite a recolha mediada de informação tendo em conta um guião estruturado.
5. Problemática
A problemática é a abordagem ou perspectiva teórica que o investigador decide adoptar para tratar o problema definido na pergunta de partida.
A problemática tem 3 momentos:
- Exploração das leituras e das entrevistas
- Inventariar os diferentes aspectos do problema colocados pela pergunta de partida
- Explicitar o quadro conceptual que caracteriza a problemática – operacionalização de conceitos, definição das hipóteses e/ objectivos.
Abordagem positivista: fenómenos sociais são estudados como os fenómenos naturais, procurando as suas causas em factos materiais anteriores, constantes e exteriores ao fenómeno a estudar.
Abordagem compreensiva: fenómenos sociais como produto da acção humana, procurando o sentido dessa acção para os actores sociais.
Método Hipotético-indutivo
A construção parte da observação.
O indicador é de natureza empírica
A partir dele, constroem-se novos conceitos, novas hipóteses e, assim, o modelo que se submeterá ao teste dos factos.
(Raro na realização de trabalhos em Ciências da Comunicação, no I e II ciclo)
Método Hipotético-dedutivo
A construção parte de um postulado ou conceito totalizante tido como modelo de interpretação do fenómeno estudado.
Este modelo gera, através de um simples trabalho lógico, hipóteses, conceitos e indicadores para os quais se terão de procurar correspondentes no real.
(o mais comum)
Hipótese (proposição que prevê uma relação entre 2 termos que podem ser conceitos ou fenómenos):
Critério de refutabilidade:
- A hipótese deverá ter carácter de generalidade;
- Admitir enunciados contrários que sejam teoricamente susceptíveis de verificação
5.Observação / Recolha Empírica
- Observar o quê? Dados necessários para confirmar ou refutar as hipóteses ou cumprir os objectivos de estudo.
- Quem? Limitação geográfica, temporal e socialmente a investigação (Amostra).
- Como? Instrumentos de observação e recolha de dados.
6.Resultados
Nem sempre as nossas intuições sobre um facto estão correctas, por isso se faz investigação. O valor dos dados está no que eles dizem e não no que queremos que eles digam.
Caso o nosso corpus não nos permita tirar conclusões é melhor alterar o mesmo, até obtermos informação significativa.
7.Conclusões
São baseadas nos dados que obtemos contudo a análise e interpretação dos resultados com base na actualidade e na cultura geral são valorizados.
Nas conclusões devemos incluir informação sobre:
- Cumprimento dos objectivos propostos com síntese dos resultados
- Confirmação ou rejeição da(s) hipótese(s)(estudo quantitativo)
- Enumeração das dificuldades
- Indicação do contributo do trabalho em termos académicos e profissionais
- Sugestões para investigação futura